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 | 30/10/2008 12h43min

Mantega diz que crise pode estar entrando em fase "mais amena"

Ministro discursou durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal

A crise financeira internacional ainda vai ter longa duração, mas não deverá permanecer de forma "tão aguda" como o observado nas últimas semanas, quando houve travamento de operações de crédito ao redor do mundo, segundo avaliação feita nesta quinta-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal.

— Acredito que poderemos estar entrando em fase mais amena da crise. Não com menos gravidade. Mas não será tão aguda quanto neste um mês e meio que passamos. A razão disso é que os Estados (países) todos se mobilizaram e tomaram medidas de grande amplitude, que nunca foram tomadas. Medidas de grande impacto conseguiram dar uma abrandada nesta crise — disse Mantega a senadores.

Acrescentou que o país passou, talvez pela "pior fase" da crise, mantendo um patamar de reservas internacionais superior a US$ 200 bilhões - o que, em sua visão, é muito importante. O ministro avaliou que as medidas já adotadas pelas principais economias do planeta, como a estatização de empresas em dificuldades e redução das taxas de juros para tentar impedir a recessão - que já dá sinais em várias partes do mundo - restabeleceram "um pouco" a confiança.

— Me parece que já começa a voltar as operações interbancárias (entre as instituições financeiras de todo mundo). Vemos a queda da libor, (taxa de juros) utilizada no mercado interbancário — explicou ele.

Crise sistêmica

Mesmo com o possível abrandamento da crise, o ministro da Fazenda repetiu que a crise ainda é de "grande proporção" e "muito superior às crises da década de 90" (Rússia, Ásia e México), que eram, em sua visão, "mais localizadas".

— Essa crise que enfrentamos agora tem o epicentro nos países avançados. Começou nos Estados Unidos, mas pegou a Europa também. É de trilhões de dólares, de uma magnigute maior. É uma crise sistêmica. Ninguém escapa dessa crise. Mas ela atinge mais determinados países do que outros. Os países mais afetados são justamente as economias avançadas. Países que tem crescimento mais lento, menos dinamismo na economia — afirmou.

Mantega disse ainda que o crédito vai continuar "escasso", devido ao cenário de juros mais altos no mercado internacional, crédito restrito e desaceleração da atividade econômica em todos os países.

— Deve haver uma forte desaceleração dos (países avançados). Provavelmente terão recessão. O Reino Unido já apresentou um trimestre de crescimento negativo. Portanto, outros países também apresentarão. O esforço é para não permitir que essa redução do crescimento seja aguda, de modo que a recessão não se transforme em depressão, como aconteceu nos anos 30 — acrescentou.

As informações são do site G1


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